Na sala, os Exploradores Bons Amigos, ouviram com muita atenção a professora Francisca falar sobre o passado do Meio Local. Aguçada a curiosidade, na aula de TIC, foram pesquisar e encontraram alguma informação interessante.
Veja:
O concelho de Loures foi criado em 1886 por decreto real. Pertence à Área Metropolitana de Lisboa e localiza-se na margem direita do rio Tejo. É actualmente constituído por dezoito freguesias e 220 000 habitantes, que partilham 168km2, desfrutando de uma paisagem urbana e rural.
Em termos históricos, não há certezas quanto à origem desta região. Há quem atribua o seu aparecimento à ocupação romana, outros há que apontam para a existência de uma civilização mais antiga, de quem seríamos herdeiros. No entanto, é tido como certo que a luta travada, em 1178, por D. Sancho I (segundo rei de Portugal), contra alguns mouros aqui estabelecidos, foi determinante para o crescimento da nossa freguesia. Com efeito, na tentativa de agradecer aos Templários a preciosa sua ajuda, o rei ter-lhes-á oferecido terras que, posteriormente, lhes viriam a pertencer. Desta forma, conjectura-se que haja uma estreita relação entre a ordem acima referida e a formação do núcleo urbano de Loures.
A nossa freguesia está geograficamente situada no centro de todo o concelho e tornou-se a sede administrativa e jurídica do mesmo. De todas as dezoito freguesias que constituem o concelho, é a maior em extensão (32,84 m²) e a que tem mais habitantes (24 237, de acordo com os dados do CENSOS 2001).
Loures tem sofrido um crescimento demográfico e económico exponencial, pelo que se apresenta com uma fisionomia que, apesar de carregar traços do seu passado agrícola, é fortemente marcada pela acelerada tercialização. Este facto é mais facilmente explicável se atendermos a que Loures é o centro administrativo e jurídico do concelho.
De igual forma, é importante referir que, mercê das óptimas condições geológicas e climáticas, a agricultura foi, no passado, uma das actividades económicas mais relevantes para os lourenses. O reconhecimento destas características faz com que os políticos manifestem vontade de reaproveitar esse potencial da Várzea de Loures.
Apesar desta freguesia ainda não se ter afirmado enquanto pólo turístico, é inegável que este território se torna atractivo pela relação harmoniosa entre a paisagem tipicamente agrícola e a urbana. Neste sentido, têm sido efeitos inúmeros esforços para dinamizar uma zona turística de recreio e lazer, que chame à atenção para o vasto património natural, histórico e cultural, do qual destacamos:
• a Igreja Matriz: antigo templo da Ordem dos Templários, foi reconstruída após o terramoto de 1755. A sua riqueza decorativa é notável, acentuando-se na capela-mor, onde se distingue um retábulo de talha dourada que sobe até à cornija. É possível ainda, no seu interior, apreciar a beleza de diversos quadros seiscentistas e de vários outros pormenores requintados.
• o Palácio do Correio-Mor: pertencente à Quinta da Mata, foi propriedade do convento de Odivelas até finais do séc.XVI. Destaca-se pela exuberância dos seus tectos e azulejos.
• a Casa do Adro: a sua construção data do séc. XVII. Funciona, neste momento, como sede do Departamento Sociocultural da Câmara de Loures, mas, outrora, pertenceu a um ministro de D. João VI.
• Chafariz de Loures: terá sido inicialmente construído em 1720, aquando da edificação do Convento de Mafra. Posteriormente, sofreu várias reconstruções, a última das quais em 1791. Recebia, no passado, água proveniente de um aqueduto construído na época do Marquês de Pombal. Na parte de baixo, existia um bebedouro para saciar a sede os animais.
Efectivamente, Loures possui um sem número de antigos solares e casa senhoriais que, hoje em dia, são propriedade particular, como por exemplo: o Palácio Quinta do Bom Sucesso e a Quinta dos Palhais. Além disso, a nossa freguesia tem muitas igrejas e capelas, ainda que algumas muito pequenas.
Resta ainda referir que o Museu Municipal de Loures – Quinta do Conventinho, é o local onde se concentra toda a informação acerca das tradições lourenses e, por isso, o centro cultural do município. A nível arquitectónico, destacam-se, ainda, o edifício onde funciona, actualmente, a Câmara Municipal e a moderna Biblioteca José Saramago. Por último, a nível paisagístico salienta-se a importância das zonas verdes (Parque da Cidade, Parque Verde) e da várzea.
Por fim, não podemos deixar de nos referir à população residente! Esta caracteriza-se, essencialmente, pela sua diversidade cultural e etnográfica, e tem à sua disposição um conjunto riquíssimo de colectividades - desde associações recreativas, até a grupos desportivos, passando por grupos de teatro - assim como diversos equipamentos que lhe permitem uma ocupação saudável dos tempos livres, seja ela através da participação em eventos culturais, da prática desportiva ou de um simples passeio.
Em suma, Loures tem óptimas condições para agradar aos seus habitantes e visitantes, o que é um bom ponto de partida para todos os que quiserem, connosco, torná-la especial.
(Pesquisa efectuada por Bons Amigos)